por Camila Barbieri
A morte é um fato da vida e Body Of Proof vai mostrar que todas as respostas estão guardadas em pequenos detalhes do corpo humano.
Spoilers Abaixo:
Séries com investigação criminal baseadas em detalhes não são exatamente uma novidade na TV, mas se tem uma verdade sobre elas é essa: funcionam com o público. Todo mundo sabe que franquias como CSI fazem sucesso por apostarem em roteiro bem escrito, atuações bacanas e casos semanais criativos e a julgar pelo Piloto, Body Of Proof tem grande potencial.
Não sou exatamente fã de séries de procedimento, mas preciso dizer que esse episódio inicial é realmente muito bom. Faz uma apresentação excelente dos personagens e da filosofia da série, mostra agilidade na trama e faz sim, uma primeira investigação interessante. Some-se a esses fatores o carisma de Dana Delany como Megan Hunt, a personagem principal, e pronto. Body Of Proof tem grandes possibilidades de emplacar.
A Drª Hunt é uma dessas figuras geniais em seu trabalho, mas com habilidade social quase zero. Foi obrigada a largar a carreira como neurocirurgiã depois de um acidente de carro que afetou seu cérebro e a deixou com as mãos dormentes. O que poderia significar o fim de sua profissão a levou a trabalhar para o Departamento de Polícia da Philadelphia, como analista médica. A paixão de Hunt pelas pequenas coisas escondidas dentro do corpo humano das vítimas é o que revela grandes descobertas sobre as investigações, mudando o rumo das coisas e mostrando fatos surpreendentes.
Justamente por sua postura arrogante e cheia de confiança, Hunt não é exatamente a pessoa mais popular no trabalho. Ela é constantemente procurada para ajudar e dar conselhos, mas há aqueles que desejam vê-la pelas costas. Entre os analistas médicos, somente Peter Dunlop (Nicholas Bishop) parece não se importar com a personalidade corrosiva de Hunt e demonstra que está disposto a se tornar um bom amigo. É claro que logo notamos que Peter é o fator ‘tensão sexual’ para a Megan, mesmo que as possibilidades de romance estejam absolutamente remotas nesse começo.
Quem realmente se irrita com todos os acertos e intervenções inconvenientes de Hunt é o detetive Bud Morris (John Carroll Lynch), que aos poucos vai percebendo que a médica intrometida pode ser um grande trunfo para qualquer investigação. Temos ainda Sonja Sohn, como a detetive Samantha Baker, Windell D. Middlebrooks, como Curtis Brumfield, Jeri Ryan como a chefe de departamento Kate Murphy e Geoffrey Arend como Ethan Gross, um jovem analista que vive pedindo dicas para Hunt.
O primeiro caso mostrado na série é uma espécie de metáfora para a vida de Megan, que precisa encontrar evidências sobre a morte de um a jovem mulher viciada em trabalho, que teve sua vida completamente transformada após um acidente. Mesmo que as histórias de vida de ambas seja completamente diferente, Megan começa a repensar algumas de suas escolhas e atitudes, especialmente em relação à família. É aí que ela decide realmente mudar suas atitudes e recuperar o amor da filha, que vive com o pai e, quem sabe, fazer alguns amigos para ajudar nos momentos difíceis, afinal, por mais talentosa que Hunt seja, cedo ou tarde algo pode passar batido e destruir sua reputação.
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